terça-feira, 25 de maio de 2010

Uma aula apenas...

No dia vinte oito de março de dois mil e dez, a professora Gildene começou suas atividades semanais fazendo a chamada. Alguns alunos solicitaram que retomasse a explicação a respeito do portfólio reflexivo, que produziremos, integrando assim todas as disciplinas do currículo.
Assim que terminou de fazer a chamada, explicou que deveríamos semanalmente registrar as aulas: como está sendo nossas experiências e quais nossas reações, como isso interfere ou colabora na minha vida pessoal e como desenvolvi academicamente com os novos conteúdos adquiridos.
A professora retomou os objetivos da disciplina, ponto por ponto. Relembrou-nos que nesse semestre estamos estudando a teoria, que é um passo importante para nos desenvolvermos como futuros educadores. Ao produzirmos o portfólio, estamos refletindo a respeito dos valores que temos adquirido ao longo das nossas experiências, sendo assim, estamos nos aperfeiçoando para lidar com vidas.
Ao estudarmos os elementos da educação, há uma interdisciplinaridade entre as matérias. Ela continuou... É a Filosofia que estuda a axiologia (conjunto de valores éticos, espiritual etc.) e esta intimamente ligada com a sociologia, pois somos resultado do meio em que vivemos. A psicologia que estuda o comportamento e como isso fará com que o aluno se comporte ao enfrentar os desafios, e como “eu” professor posso intervir para que haja um crescimento total no aluno.
Foi uma aula de reflexão. Fui remetida ao segundo semestre de dois mil e sete, quando cheguei ao UNASP, para fazer meu primeiro ano de pedagogia.
Despreparada, não consegui ver a importância que as disciplinas aqui citadas contribuiriam para o meu desenvolvimento como futura educadora. E com dúvidas segui até chegar a esse semestre, o último para mim.
Como eu resumiria essa aula?
Com as seguintes palavras da professora:
- Quem lida com pessoas não pode errar! O médico quando erra tira a vida, o professor também.
Essa aula colaborou comigo para ter certeza de que escolhi o curso certo.
Uma aula apenas!

Postado por: Rejane Brasil

O prazer da leitura





Segundo o Dicionário Aurélio o termo conhecimento diz respeito ao “o ato de conhecer”, ter o conhecimento é ter noção, informação e saber.
Todos nós desde que nascemos adquirimos conhecimento, alguns em menor grau outros em maior. Dizer que se tem conhecimento, não é apenas saber cinco línguas diferentes, saber todas as contas matemáticas ou até mesmo ter gravado em sua memória todo o dicionário, mas sim, ter sabedoria para aplicar e utilizar tal conhecimento.
Em todas as fases de nossa vida, seja quando crianças, adultos ou velhos, somos influenciados pelo mundo, o conhecimento que construímos pode ser adquirido em diversas coisas: através de nossas relações sociais, através de um filme que assistimos, através de palestras, conversas informais e até mesmo um livro.
O livro é para mim um dos meios mais fascinantes e intrigantes de se adquirir o conhecimento. Este objeto nos proporciona muito mais do que nos apercebemos; é um mundo de palavras e imagens que nos fazem viajar pelo universo infinito.
Existem vários tipos de livros: romances, científicos, religiosos, didáticos, de entretenimento; todos eles têm a sua importância, todos nos proporcionam saberes. Os livros são o registro escrito, do que existe à nossa volta, do que a nossa imaginação é capaz de produzir.
Tais livros, não importa qual seja, não importa se a pessoa que o lê é homem, mulher, criança, adulto ou velho pois o mais importante é que “o ler” é para todos.


Intertextualidade nas figuras.
O texto acima,demontra de forma significativa a relação que há entre as três figuras expostas anteriormente. Estas três figuras tem como elemento em comum: a figura de um livro. Este livro representa o conhecimento que pode ser adquirido independente da idade ou época que você viva.

Postado por: Viviane Alcântara

Educar...

Criança, criancinha, vamos todas ensinar,
As crianças bem pequenas ou maiores, a pensar.
Com idéias na cabeça vamos logo trabalhar,
Colocar as mãos à obra para todas educar!

Cantando ou brincando, escrevendo ou pintando,
Com amor, muito carinho, às crianças educando.
Trabalhando com afinco estaremos ajudando,
A formar um mundo justo, assim vamos trabalhando.

Profissão de professora é muito gratificante
Ensinar viver a vida até virar “gente grande”.
Oro sempre a Jesus, quero ser sua ajudante.
Ensinar de Seu amor é dividir um diamante!

Postado por: Erika Tognolli

IMPORTÂNCIA DA FILOSOFIA NA EDUCAÇÃO

É certo que a filosofia tem um papel muito importante para a educação, pois, além de mostrar como ter novas interpretações e visão do mundo, tem também uma finalidade pedagógica.
Para Ghiraldelli, filósofo brasileiro, está havendo uma banalização geral sobre a educação, professores e escola.
Em geral os filósofos dizem que a filosofia, ora fundamenta, ora justifica a teoria da educação. Ghiraldelli até adota essa posição, mas, diz em um de seus livros "filosofia da educação” que deve haver uma compreensão em relação a esses fatores para uma curta-reflexão que conduza a um crescimento concreto.
A educação entra com um projeto de transformação na sociedade e com a possibilidade de trabalhar para a democratização, luta contra a seletividade, discriminação e rebaixamento do ensino das camadas populares.
Temos que lutar por uma educação de qualidade, mas evitar que seja conduzida por interesses dominantes "quando não pensamos, somos pensados e dirigidos por outros".
Que a educação não seja um assunto banal, que todos possam refletir e com base nisso fazer com que essa sociedade seja formada por homens e não robôs.

Postado por: Daniela Silva

Música: Expressão da Alma

Uma algazarra infantil na sala do 4º ano calava o som do alfabeto, repetido à exaustão pela professora. "O ano estava no fim quando vimos que os alunos precisavam de reforço. Métodos tradicionais de alfabetização não funcionavam, as crianças estavam agressivas", diz a educadora Isa Stavracas, da E.E.Professor Joaquim Torres Santiago, na zona leste de São Paulo.
Um rádio virou instrumento pedagógico naquele 4ª ano, como medida de emergência. "Para que recuperassem o interesse propus uma alfabetização por meio das músicas", lembra Isa. Segundo a educadora, usar música como recurso pedagógico eventual é diferente de criar um processo de musicalização que permeie toda a educação infantil. "Os professores não têm consciência da importância da música. Ela pode ser usada para trabalhar várias áreas. Um piano é matemática pura! Na alfabetização é possível usar elementos musicais similares ao som das letras. A música favorece até o convívio social das crianças", garante.
No campo da neurociência, não faltam dados que vinculam o estudo da música ao desempenho intelectual. "A música desenvolve novas habilidades cognitivas e ajuda a lidar melhor com as emoções, a diminuir comportamentos agressivos. É usada para tratar crianças com hiperatividade, distúrbios de atenção e de linguagem", enumera a musicoterapeuta Sandra de Moura Campos Oliveira, da Faculdade Paulista de Artes.
Segundo Piaget há a necessidade de estimular a criatividade através da composição e improvisação. A improvisação busca o exercício da liberdade e da espontaneidade que ao entrar em contato conosco, permite-nos chegar ao pensamento artístico, ao processo de autoconhecimento e ao desenvolvimento das inteligências intra e transpessoal.
Campos (2000) nos diz do pensamento de educadores musicais contemporâneos, Paynter e Aston que vem contribuir com idéias de que a educação musical contribui para o crescimento individual do ser e aumenta o contato com o mundo que o rodeia, tornando-se um veículo de expressão, harmonia e proporcionando-lhe prazer.
Na opinião da maestrina Erika Hindrikson, do Instituto Callis, a educação musical pode aprimorar o gosto musical no País. "Cresce o interesse por 'pseudomúsicas', mas ninguém pode gostar de outra coisa se não conhece outra coisa. O objetivo não é formar músicos, assim como não se espera que a educação física gere atletas. A música é uma linguagem universal, deveria estar ao alcance de todos, e não ser vista como elitista", diz. Ela participa do Camerata Callis, projeto que leva concertos grátis até a rede pública.
Usamos a educação musical para integrar o nosso mundo corporal, racional, emocional e espiritual nos níveis de consciência que formam uma continuidade infinita.
Estudar música, portanto, é o resgate de algo muito agradável; é a expressão da criatividade, da liberdade, dos sentimentos, da intuição e também, uma oportunidade de estimular a imaginação e espontaneidade.
Freire (1978), afirma que sem criatividade e participação, não haverá transformação e, conseqüentemente, aprendizagem.
Baseada nas teorias de assimilação e acomodação de Piaget, a educação musical se dá com o objetivo primeiro do crescimento individual da pessoa por meio das descobertas e conquistas dos sons no instrumento ou na voz resultando, finalmente, cada vez mais uma interação e apropriação do objeto com o indivíduo.
Campos (2000) nos traz um comentário sobre Blacking que define a educação musical como uma síntese de processos cognitivos, os quais estão presentes na cultura e no corpo humano; as formas que toma e os efeitos que tem sobres as pessoas são gerados pelas experiências sociais dos corpos humanos em ambientes culturais.
Melhor que um método para a aprendizagem de um instrumento, é o professor estar alerta para perceber a necessidade do momento de seus alunos. É importante enriquecer-lhes a experiência da aprendizagem com a experimentação, buscando a resolução dos problemas.
Um método tradicionalmente estruturado induz a cristalização de idéias, repetição automatizada e inconsciente de fórmulas prontas. Ao contrário, deve haver flexibilidade de adaptações com o momento, com a necessidade e individualidade de cada aluno.
“A ênfase deverá estar na aprendizagem e não no ensino, na construção do conhecimento e não na instrução. A aprendizagem resulta da relação sujeito-objeto, que, solidários entre si, formam um único todo. As ações do sujeito sobre o objeto e deste sobre aquele são recíprocas. E o importante é a interação entre ambos” (Moraes, 1997,139).
Na educação voltada para a experimentação, o professor deve catalisar tudo o que se passa na aula. Sem adotar a postura antiga de ser o possuidor das respostas corretas, deve inculcar na mente dos alunos o desafio de um tema para o despertar do interesse e crescimento do aluno. Em um trabalho criativo, o mestre deve ouvir mais do que falar, pois deve saber que não há repostas definidas diante de um universo tão vasto. O professor pode perguntar para desafiar e instigar (e nunca responder pelo aluno) e juntos trabalharão sobre o problema proposto. Tanto professor quanto aluno, possuindo o intento de se desnudar perante o outro, de uma forma sincera e plena, poderão experimentar a troca e a aceitação, culminando na afetividade vibrante da verdadeira aprendizagem. Não há medo, portanto, mas, disposição à pesquisa durante a experiência vivida, além do crescimento individual e do relacionamento entre ambos. Erros e dificuldades são vistos apenas como parte desse caminho. Portanto, a primeira tarefa do professor é procurar conhecer cada aluno, tanto na esfera física quanto na espiritual, percebendo também seus aspectos positivos e negativos.

CAMPOS, M. C. A importância da improvisação na Educação Musical. In: Revista Goiana de artes, vol. 12/13, nº 1, jan./dez. 1991/1992.

CAMPOS, M. C. A Educação Musical e o novo paradigma. Rio de janeiro: Enelivros, 2000.

CUNHA, M. A. V. Didática fundamentada na teoria de Piaget. 2ª ed. Rio de Janeiro: Forense, 1973.
FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. 5ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978.

PIAGET, J. Epistemologia genética. 2ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2002.

SANTOS, H. Piaget na prática pedagógica. Lisboa: Semente,1977.
http://gesielvargas.blogspot.com/2008/09/msica-e-pedagogia_10.html

Postado por: Erika Tognolli

A infância

"A infância, mais do que preparadora para a vida, é a vida em sua essência, e os anos de maturidade se passam no soprar de suas brasas, até que sejam apenas cinzas..."
(Piers Paul Read)

Nossos filhos crescem
Um dia você gritará:
“Por que vocês não crescem e param de agir como crianças?”
E isso acontecerá.
Ou talvez você diga:
“Vão lá para fora e arranjem alguma coisa para fazer! E não batam a porta!”
E eles não baterão.
Arrumará o quarto do seu filho com capricho. Jogará fora os adesivos, esticará os lençóis, pendurará as roupas nos cabides, organizará as prateleiras e todos os brinquedos. Em seguida dirá:
“Agora quero que este quarto fique arrumadinho assim.”
E ele ficará.
Preparará um jantar perfeito, com uma salada onde ninguém beliscou e um bolo sem marcas de dedos na cobertura. E dirá:
“Finalmente consegui preparar uma refeição digna de um rei!”.
Mas comerá sozinha.
Dirá:
“Quero poder conversar ao telefone sem interrupções, sem ninguém pulando ao meu redor, sem caretas. Silêncio!!! Vocês estão me ouvindo?”
E isso acontecerá.
Suas toalhas de mesa não mais terão manchas de tomate. Não terá que cobrir o sofá e a poltrona com panos para protegê-los de traseiros molhados e pés sujos. Não encontrará caminhões ou bonecas debaixo do sofá. Não passará mais noites em claro, junto ao nebulizador. Não encontrará farelo de pão nos lençóis, nem o chão do banheiro alagado após o banho.
Acabaram-se os remendos nas pernas das calças, os cadarços molhados e embolados, os elásticos para prender cabelos. Imagine um batom sem a ponta estragada! Poder sair à noite sem ter que arranjar alguém para ficar com as crianças, lavar roupa somente uma vez por semana, ir ao mercado e comprar somente aquilo que você deseja.
Como será bom não ter que ir à escola para reuniões de pais, não ter que levar e buscar ninguém. Não ganhará mais presentes feitos de papel-cartão e cola. Ninguém mais lhe dará beijos com a boca suja de bala. Não haverá mais dentes de leite para arrancar, nem risinhos no quarto ao lado. Acabaram-se os joelhos ralados, acabou-se a responsabilidade.
Restará somente uma voz gritando:
“Por que vocês não crescem logo e param de agir como crianças?”
E o silêncio responderá:
“Crescemos!”

(autor desconhecido).

Um olhar de criança

Todos os dias reinventam-se
incontáveis motivos
para que nossas crianças
não sejam felizes.
Hoje,é preciso muito mais
do que um riacho cantante,
de uma nuvem mutante,
uma estrela brilhando…
lá no céu…
È preciso mais do que uma escola
para ensinar-lhe o que desejam saber
mais do que a tecnologia
para faze-las compreender.
Falta a fluidez da música
a fascinação da nova paisagem
e a devoção pura e simples, pela vida.
E,aqueles que arduamente construíram
todos esses complicados caminhos
não encontram mais sua própria criança
para entregá-la às nossas crianças.
Nos aventuramos oceano adentro, caminhando,
sem perceber que nossos pés não têm mais apoio.
E nossas raízes ficaram ali,como as algas,
presas entre as pedras esquecidas.
É necessário agora que olhos infantis abram-se
enxergando novamente o mundo…
E recomecem a explorar todas as cores perdidas.
Seja na profundeza dos mares.
Seja nas mais altas montanhas.
E deixem as cinzentas cidades, sufocarem-se
em sua poluídas ilusões.

Postado por: Daniela Silva

A Escola e Família

Texto 1:
A Escola e o Envolvimento da Família

Uma das questões levantadas por profissionais da educação é sobre o envolvimento dos pais na vida escolar dos alunos. Nota-se que muitos colocam a responsabilidade de educar somente para a escola, esquecendo-se da importância de acompanhar o desenvolvimento dos filhos em casa, além de deixarem para ela responsabilidades que não lhe cabem. É necessário esclarecer que a educação é um processo contínuo, que deve vir da casa, da sociedade para a escola, que só irá formalizar o ensino. Muitos utilizam de argumentos como a falta de tempo, pois trabalham muito, etc. Se olharmos legalmente, os pais tem o dever de educar seus filhos, que as empresas devem dispor tempo para que estes possam ir até a escola para reuniões de pais, sendo que a escola poderá fornecer uma declaração para comprovar a ida do pai até lá. Sabemos que essa informação ainda não está bem clara para os pais, ou melhor, não é divulgada, o que ajudaria, e muito, nos momentos de necessidade de reuniões com os pais ou responsáveis.
Outro problema que vemos é que a escola acabou tomando para si essas responsabilidades, ao invés de incentivar os pais e, agora que a coisa apertou, querem colocar para os pais novamente a responsabilidade. É muito fácil incutir um costume, o difícil é tirá-lo...
Essa falta de envolvimento acaba por afetar os alunos, trazendo transtornos de aprendizagens, comportamentais e psicológicos. Muitas vezes os alunos apresentam problemas de disciplina porque querem a atenção e não porque são indisciplinados, outros acabam tendo problemas cognitivos por não terem o apoio em casa e muitos apresentam problemas psicológicos por falta de afeto, atenção. Por isso vemos tantas crianças encaminhadas para psicólogos, psicopedagogos e neurologistas, sendo que, se houvesse momentos entre pais e filhos em casa, muitos não precisariam desses profissionais.
Com tudo isso, o que podemos fazer para que os pais se envolvam mais? Como podemos mostrar-lhes a importância deles na vida escolar de seus filhos? É necessário trazer os pais até a escola e realizar atividades que envolvam pais e filhos... por que não um dia de jogos entre pais e filhos? Trazer o pai para a realidade escolar é uma das melhores maneiras de se fazer uma parceria com eles, pois eles irão sentir que fazem parte do ambiente.
Além de fazê-los sentirem-se parte do ambiente, você pode fazê-los participarem de discussões relacionadas a pais e filhos, deixando sempre um canal aberto de relacionamento, via e-mail ou telefone, para esclarecimento de dúvidas e sugestões.
Sendo assim, a própria escola tem de mostrar coesão e transparência, trabalhando em equipe, entre si, e em relação à família de seus alunos. É muito importante que haja coerência entre o que os pais e a escola fazem na educação de crianças e adolescentes, principalmente nas questões que podem prejudicar a construção do cidadão ético, feliz e competente que vai assumir o país em que estamos lhe deixando.

Acesso em: conversaseducacionais.blogspot.com/ 2009/11/es.
Data de acesso: 22 de maio de 2010.

Texto 2:

A relação entre pais e professores na educação das crianças está cada dia mais confusa e complicada, as funções estão trocadas e até as crianças sentem-se perdidas. Os pais se tornam ausentes por um motivo ou outro e acabam por acreditar que seus filhos tem a educação que viria de casa na escola. Não estão atentos às trajetórias de seus filhos e menos ainda participam de seu aprendizado e de seu desenvolvimento; estão ausentes as transformações a que eles estão sujeitos.
Já os professores estão sobrecarregados exercendo a função de pais e educadores, tendo que ensinar desde bons modos e respeito até ao conteúdo programado. Muitos não são preparados para exercer este papel e ficam perdidos perante o seu dever de educador, sem falar nos que desistem da profissão, pois não se acham capazes de educarem jovens e crianças, o que na verdade não é exatamente o seu papel.
Dessa forma, a escola tem, dentre outras funções, garantir o pleno desenvolvimento do educando e prepará-lo para o exercício da cidadania, sendo assim torná-lo consciente de seus direitos e deveres como pessoa, contudo, a família deve participar desse desenvolvimento pois tal responsabilidade é dever do Estado e também da família, por isto é necessária essa parceria.
Porém, para que essa parceria se realize é necessário o comprometimento de todos no processo, estes são professores, alunos, família e coordenação pedagógica.
Garantido o comprometimento, a escola deve adotar uma postura onde não aceite que a família deixe somente por conta dela a responsabilidade da educação das crianças/adolescentes, dessa forma é necessário que a escola se apoie na legislação vigente para que assim tenha argumentos sólidos e incontestáveis. Depois é necessário que a escola promova, de forma dinâmica, a integração das famílias na vida escolar dos alunos promovendo eventos onde os pais se tornem agentes efetivos nas atividades dos filhos e não sejam meros espectadores. Assim, a educação das crianças/adolescentes deve partir de casa, com os responsáveis e continuar na escola num processo contínuo onde todos devem contribuir de acordo com suas funções.
Enfim, observa-se que pais e professores precisam dividir as responsabilidades na criação de uma relação de trabalho que contemple a aprendizagem e a socialização da criança, caminhando juntos para a construção de uma educação plena.

Referências
BRASIL. Lei n. 9394 de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Disponível em: ftp://ftp.fnde.gov.br/web/siope_web/lei_n9394_20121996.pdf. Acesso em: 23/11/2009

LIMA, R. de. A contradição dos pais. Disponível em: http://www.espacoacademico.com.br/003/03ray.htm. Acesso em: 24/11/2009.


Comentário:
Ambos os textos se tornam intertextuais, pois abordam sobre a importância da participação dos pais na vida escolar dos filhos, além de abordar que a escola não deve tomar para si responsabilidades inerentes aos pais. Cabe a esses o desenvolvimento mental e emocional de seus filhos, mas nos últimos tempos as escolas tomaram para si essa responsabilidade desenvolvendo assim, o pernicioso habito da negligencia por parte dos pais. Assim, são necessários esforços urgentes por parte das instituições de ensino em reeducar os pais de suas responsabilidades.

Postado por: Rejane de Jesus


Alfabetização e Letramento

No dia 13 de março, a professora Denise Moura ministrou uma aula explicando o que é Letramento e Alfabetização e qual a diferença entres eles.
Segundo ela o processo de descoberta do código escrito pela criança letrada é mediado pelas significações que os diversos tipos de discursos têm para ela, ampliando seu campo de leitura através da alfabetização.
Antigamente, acreditava-se que a criança era iniciada no mundo da leitura somente ao ser alfabetizada, pensamento este, ultrapassado pela concepção de letramento, que leva em conta toda a experiência que a criança tem com a leitura, antes mesmo de ser capaz de ler os signos escritos. Atualmente não se considera mais como alfabetização quem apenas consegue ler e escrever seu nome, mas quem sabe interpretar e escrever um bilhete simples.
Através desta aula pude compreender que o letramento decorre das práticas sociais de leitura e escrita que existem em diferentes contextos envolvendo a compreensão e expressão lógica e verbal da escrita. Enquanto que alfabetização se refere ao desenvolvimento de habilidades leitura e escrita.
Gostei desta aula porque até então, não entendia sobre o assunto, na verdade não havia refletido sobre a diferença de letramento alfabetização.

Postado por: Rejane de Jesus

Diversidade

Respeitar : É isso que se pede,
Pois há muitas diferenças:
raças, culturas e crenças.
Só encontraremos a paz e a união,
quando respeitar-mos nossos irmãos
e assim cultivamos o amor no coração

As diferenças podem ser divertidas,
cheia de cores, verdadeira alegria.
Pois se fossemos iguais, sem graça seria
Quanta coisa a aprender,
quanta coisa a descobrir em nossas diferenças
é realmente viver a fantasia.

Diversidade ,diferenças,variedades,
é assim que caminha a humanidade
Diferença é distinção,
eu e você , você e eu,
somos todos irmãos.

A diversidade pode ser sentida,
como uma grande oportunidade.
Ninguém é melhor ou pior,
todos têm o seu valor.
Essa é a grande variedade,
que compõem a humanidade.

Eu e você, diferentes
Somos todos irmãos

Respeitar as diferenças,
de raças, culturas e crenças.
É isso que se pede para se ter no mundo
Paz amor e união.

Postado por: Rejane de Jesus

Dinâmica me grupo

Na aula “domine sua língua”, que temos aos domingos com a professora Fabiola, pude participar de uma dinâmica com a classe.
Para fazer esta dinâmica foi nos dado uma bexiga que representava nossos sonhos e objetivos, com a bexiga em mãos, tínhamos que protegê-la por três minutos para que ninguém a estourasse. Ao final seria vencedor aquele que não deixasse ninguém estourar a sua bexiga. Ao dizer valendo, todos começaram a estourar as bexigas dos colegas e quando acabou o tempo restaram-se algumas.
Para explicar essa dinâmica a professora disse que tínhamos apenas que proteger nossa bexiga e que em nenhum momento foi dito que era para estourar a do colega.
Está dinâmica tem um fundo moral muito importante, através dela pude aprender que para proteger nossos sonhos e objetivos não precisamos destruir os do outros,bastava cada um proteger o seu!!!

Postado por: Daniela Silva

Poesia

Minha vida é um barquinho
Que navega sem parar
Logo após a formatura
Muita coisa vai mudar.

Minha sala tem mulheres
Que falam sem parar
As mulheres não sossegam
E já cansaram de estudar.

Minha sala é perfeita
Nota baixa ali não há
Quem me dera desse sonho
Eu não tivesse que acordar.


Postado por: Daniela Lessi

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Reflexão

"A infância, mais do que preparadora para a vida, é a vida em sua essência, e os anos de maturidade se passam no soprar de suas brasas, até que sejam apenas cinzas..." (Piers Paul Read)
Nossos filhos crescem

Um dia você gritará:
“Por que vocês não crescem e param de agir como crianças?”
E isso acontecerá.
Ou talvez você diga:
“Vão lá para fora e arranjem alguma coisa para fazer! E não batam a porta!”
E eles não baterão.
Arrumará o quarto do seu filho com capricho. Jogará fora os adesivos, esticará os lençóis, pendurará as roupas nos cabides, organizará as prateleiras e todos os brinquedos. Em seguida dirá:
“Agora quero que este quarto fique arrumadinho assim.”
E ele ficará.
Preparará um jantar perfeito, com uma salada onde ninguém beliscou e um bolo sem marcas de dedos na cobertura. E dirá:
“Finalmente consegui preparar uma refeição digna de um rei!”.
Mas comerá sozinha.
Dirá:
“Quero poder conversar ao telefone sem interrupções, sem ninguém pulando ao meu redor, sem caretas. Silêncio!!! Vocês estão me ouvindo?”
E isso acontecerá.
Suas toalhas de mesa não mais terão manchas de tomate. Não terá que cobrir o sofá e a poltrona com panos para protegê-los de traseiros molhados e pés sujos. Não encontrará caminhões ou bonecas debaixo do sofá. Não passará mais noites em claro, junto ao nebulizador. Não encontrará farelo de pão nos lençóis, nem o chão do banheiro alagado após o banho.
Acabaram-se os remendos nas pernas das calças, os cadarços molhados e embolados, os elásticos para prender cabelos. Imagine um batom sem a ponta estragada! Poder sair à noite sem ter que arranjar alguém para ficar com as crianças, lavar roupa somente uma vez por semana, ir ao mercado e comprar somente aquilo que você deseja.
Como será bom não ter que ir à escola para reuniões de pais, não ter que levar e buscar ninguém. Não ganhará mais presentes feitos de papel-cartão e cola. Ninguém mais lhe dará beijos com a boca suja de bala. Não haverá mais dentes de leite para arrancar, nem risinhos no quarto ao lado. Acabaram-se os joelhos ralados, acabou-se a responsabilidade.
Restará somente uma voz gritando:
“Por que vocês não crescem logo e param de agir como crianças?”
E o silêncio responderá:
“Crescemos!”

(autor desconhecido)

Postado por: Erika Tognolli

Análise de duas versões da fábula “A cigarra e a Formiga”

A cigarra e a formiga
(essa fábula é atribuída a Esopo, foi recontada por La Fontaine, abaixo apresento a versão de Bocage).

Tendo a cigarra em cantigas
Passado todo o verão
Achou-se em penúria extrema
Na tormentosa estação.

Não lhe restando migalha
Que trincasse, a tagarela
Foi valer-se da formiga,
Que morava perto dela.

Rogou-lhe que lhe emprestasse,
Pois tinha riqueza e brilho,
Algum grão com que manter-se
Até voltar o aceso estio.

- "Amiga", diz a cigarra,
- "Prometo, à fé d'animal,
Pagar-vos antes d'agosto
Os juros e o principal."

A formiga nunca empresta,
Nunca dá, por isso junta.
- "No verão em que lidavas?"
À pedinte ela pergunta.

Responde a outra: - "Eu cantava
Noite e dia, a toda a hora."
- "Oh! bravo!", torna a formiga.
- "Cantavas? Pois dance agora!"


A Cigarra e a Formiga - Nova Versão(texto escrito por Lell Trevisan - Publicado no Recanto das Letras em 20/12/2008 - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS).

Certa vez, não muito longe, e nem tão perto, havia um grupo de formiguinhas que trabalhavam dia e noite, sem cessar, durante todo o verão. Elas não paravam, mas ninguém sabia explicar de onde vinha tanta força.
Mas na mesma comunidade, havia uma cigarra, e ela não trabalhava, só cantava. Cantava dia e noite, sem parar. E quando o inverno chegou, a cigarra não tinha para onde ir. Desesperada, triste, com frio e fome, se sentou de baixo de uma árvore e ali adormeceu. Um das formiguinhas, ao olhar para fora, viu a cigarra, tremendo. Elas saíram, fizeram uma roda e disseram: Venha para nossa casa, lá é seu lugar, porque enquanto nós trabalhávamos você cantava. E todas as vezes em que nós quisemos desistir, o seu canto e a sua arte nos animava e nos dava força para continuar a batalhar. Por causa disso, não desistimos, tivemos ânimo, trabalhamos alegres. Obrigado cigarra, pela sua arte!
Então, as formigas levaram a cigarra para seu lar. No fim da noite, ouviam-se apenas muitos aplausos.
Enfim, esta é uma história real. Mas durante muito tempo, esta história não era contada desta maneira. Mas foi exatamente assim que aconteceu. Eu sei, eu estava lá.


Análise
A diferença básica entre os dois textos é notória: No primeiro há um preconceito embutido que exalta o trabalho árduo e pesado e desqualifica o trabalho artístico. Essa visão de trabalho veio com a Revolução Industrial que criou indivíduos-máquinas e hoje lutamos para combater isso. É notória também uma apologia ao egoísmo, um ensinamento nada cristão de “o que é meu é meu e não divido com ninguém”. Já no segundo texto o ensinamento fundamental é o princípio da regra áurea: “faça aos outros o que deseja que façam a você mesmo”. Fazer o bem sem olhar a quem, repartir o pão e valorizar o trabalho artístico são peças importantes na educação.

Postado por: Érika Tognolli

grande família





quarta-feira, 19 de maio de 2010

Ericka Tognolli

Daniela da Silva

Caminhos...

No meio do caminho...

No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.

Nunca me esquecerei desse acontececimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra

(Carlos Drummond de Andrade)


Nel Mezzo del Camin...

Cheguei.Chegaste.Vinhas fatigada
e triste,e triste e fatigado eu vinha.
tinhas a alma de sonhos povoada,
e a alma de sonhos povoada eu tinha...

(Olavo Bilac )


Texto Intertextual baseado nos dois poemas anteriores

O que vem pela frente...

Nesta vida sempre perdida
perdida nos caminhos dessa vida
Sempre lembrarei desses momentos
cheios de tristezas e amarguras
Jamais esquecerei o quanto perdida...
eu fiquei
Sempre perdida.
Me perdi no caminho dessa vida.
Daniela da Silva


Postado por: Daniela da Silva

Era uma vez...

Era uma vez uma borrachinha no meio do nada toda vez que a dona errava era ela quem apagava.
Era uma vez uma borrachinha com dor no corpo dormindo no meio do estojo no outro dia era usada de novo.
Ficava infeliz quando era usada ela diminuía se sentia desprezada queria só fugir foi utilizada e jogada fora sem utilidades.
Uma história de dor de tristeza e de agonia tem tudo haver com aquela borrachinha, descobriu que era amor que era útil para a vida resolveu voltar se transformou na flor mais linda.
E com esta lição entendemos que a escrita tem tudo haver com a matemática para a vida, pois errar não faz mal é apenas tentativa errar e apagar nos prepara para a vida, errar e apagar faz parte da corrida.
Era uma vez.

Esta música foi criada como requisito da matéria de Metodologia de Matemática no terceiro ano de Pedagogia- UNASP-EC.

Postado por: Rejane de Jesus

terça-feira, 18 de maio de 2010

CONTO: Lilica aprende a ler

Era uma vez uma menina chamada Lilica que gostava muito de brincar no jardim com as flores e animais que por ali viviam, mas não queria saber de estudar.
Dona Julia, mãe de Lilica, vivia preocupada com o comportamento da filha que não conhecia nenhuma palavrinha do alfabeto.
Certo dia Lilica precisou viajar para São Paulo, como morava no sitio, teve que andar muito para achar o ponto de ônibus. Quando chegou ao ponto, não conseguia ler a placa que indicava o destino de sua condução, o que lhe restou foi esperar...esperar... e nada do ônibus chegar.
Em desespero com o entardecer, Lilica começou a andar pela estrada, como não sabia ler as placas continuava sem informações, até que encontrou um jornaleiro e lhe perguntou:
- Você sabe como faço para pegar o ônibus para São Paulo?
O jornaleiro olhou nos olhos de Lilica e com risos disse que as informações estavam escritas nas placas dos ônibus que passam pela estrada do outro lado do viaduto. Lilica desesperada saiu correndo em direção ao ponto de ônibus indicado pelo jornaleiro, porém infelizmente sua condução já havia partido.
Lilica voltou para casa muito chateada, não contou para sua mãe que havia perdido o ônibus por não saber ler as orientações das placas, porém depois daquele dia, Lilica percebeu a importância de se saber ler e por isso passou a ser mais aplicada e estudiosa nas aulas.

Postado por: Daniela Lessi

Serviço e Amor...

Anne Sullivan, grande história a dessa mulher! Deveríamos falar mais sobre sua contribuição para a educação, afinal, bons exemplos devem ser seguidos.
Muitos educadores são constantemente lembrados, Maria Montessori, Emília Ferreiro, Paulo Freire, entre outros. Todos colaboraram para o desenvolvimento da educação; deixaram suas marcas...
Dentre os citados, quero ressaltar Paulo Freire, um inovador da educação! Lutou a favor da educação libertadora, seu nome é conhecido no mundo por adotar a postura de um idealizador da educação, favorecendo jovens e adultos trabalhadores, dos quais aprenderam a ler para tornarem-se cidadãos capazes de refletir, questionar, sendo capaz de adotar uma postura política.
Esse grande educador fez a diferença na vida de muitas pessoas, a pedagogia perderia muito sem sua colaboração.
Anne Sullivan deixou fortes impressões na vida de uma criança, que no futuro se tornou uma “grande mulher”.
Helen Keller, conhecida mundialmente por ser escritora, conferencista e a primeira pessoa com tripla deficiência a frequentar uma universidade. Sua história comove ao ver a força de vontade que desenvolveu ao longo da vida, superação total! Porém, sem o compromisso de uma singela professora, está história, nunca seria contada.
Nunca me esqueço... Certo dia alguém sem perceber minha presença, expressou a seguinte frase: “No meu ponto de vista, pedagogia é um curso para pessoas medíocres”.
É uma pena que a visão de muitas pessoas limita-se apenas a mediocridade de uma vida passageira, de retornos que passam, de relacionamentos que não priorizam, de objetivos inalcançáveis, de famílias esquecidas, de horas a menos de sono, de choro sem causa...
A busca desenfreada apenas pela estabilidade financeira tem feito as pessoas valorizarem algumas profissões e desprezaram outras. Infelizmente a pedagogia tornou-se alvo desse tipo de pessoa.
Esquecem de que essa tarefa, de educar, exige: sacrifício, perseverança e acima de tudo amor, ou seja, é para poucos. Talvez “essas pessoas”, nunca seriam capazes de “vestir essa camisa”. Paulo Freire diz: “Não se pode falar de educação sem amor”.
“Eu sou um intelectual que não têm medo de ser amoroso, eu amo as gentes e amo o mundo”.
Nada mais gratificante para um professor, ver uma criança feliz porque aprendeu a ler. Se fosse só isso bastaria, no entanto a vida de um professor é totalmente mudada quando ele passa a doar-se, e ver os resultados... cada criança é uma possibilidade de futuro!
Encanta-me ouvir história de pessoas de sucesso, assim como a de Helen Keller. Motiva-me saber que nada na pedagogia é impossível. Que posso fazer a diferença na vida de um aluno. Anne Sullivan e Paulo Freire são exemplos de amor e serviço.
Ser professor é servir tanto!!
Termino com a frase de Mahatma Gandhi: “quem não vive para servir... Não serve para viver”.

Postado por: Rejane Brasil

A importância do lúdico na aprendizagem

O lúdico é assunto que tem conquistado espaço, cada vez mais nas discussões acadêmicas, no panorama nacional, principalmente na educação infantil, por ser o brinquedo a essência da infância seu bem mais comum e seu uso permite um trabalho pedagógico que possibilita a produção do conhecimento, da aprendizagem e do desenvolvimento. O lúdico tem sua origem na palavra latina "ludus" que quer dizer jogar, brincar, movimento espontâneo.
O “lúdico” pode ser um instrumento indispensável na aprendizagem, no desenvolvimento e na vida das crianças e é necessário que todos que trabalham com o desenvolvimento da criança, tenham conhecimento e passem a explorar com criatividade e naturalidade, fazendo uso dessa ferramenta fantástica, tornando assim a aprendizagem uma atividade prazerosa, cheio de sonhos e descoberta ao invés de algo pesado e enfadonho.
Segundo Piaget (1967), o jogo não pode ser visto apenas como divertimento ou brincadeira para desgastar energia, pois ele favorece o desenvolvimento físico, cognitivo, afetivo e moral. Através dele se processa a construção de conhecimento, principalmente nos períodos sensório-motor e pré-operatório. Agindo sobre os objetos, as crianças, desde pequenas, estruturam seu espaço e seu tempo, desenvolvendo a noção de casualidade, chegando à representação e, finalmente, à lógica. As crianças ficam mais motivadas para usar a inteligência, pois querem jogar bem, esforçam-se para superar obstáculos tanto cognitivos como emocionais.
O brincar torna-se grande potencialidade de desenvolvimento. Brincando, a criança pode experimentar, mergulha no descobrir, começa a inventar,e finalmente aprende e confere habilidades. Estimulando assim a curiosidade, fortalecendo a autoconfiança e a autonomia, ampliando o desenvolvimento da linguagem, estruturando o pensamento ,a concentração e a atenção.
Vygotsky (1994), afirma que o prazer não pode ser considerado a característica definidora do brinquedo, como muitos pensam. O brinquedo na verdade, preenche necessidades, entendendo-se estas necessidades como motivos que impelem a criança à ação. São exatamente estas necessidades que fazem a criança avançar em seu desenvolvimento. A brincadeira possui três características: a imaginação, a imitação e a regra. Elas estão presentes em todos os tipos de brincadeiras infantis, tanto nas tradicionais, naquelas de faz-de-conta, como ainda nas que exigem regras.
Sendo assim quando a criança está brincando ela libera e canaliza suas energias; enfrenta melhor uma realidade difícil; libera a fantasia; e é uma grande fonte de prazer. A brincadeira é, por excelência, integrador, há sempre novidade, o que é fundamental para despertar o interesse da criança, e à medida em que brinca ela vai conhecendo melhor, construindo interiormente o seu mundo. Esta atividade é um dos meios propícios à construção do conhecimento. A convivência de forma lúdica e prazerosa com a aprendizagem proporcionará a criança estabelecer relações cognitivas às experiências vivenciadas. (VYGOSTSKY, 1994,p.118).
A criança começa com uma situação imaginária, que é uma reprodução da situação real, sendo a brincadeira muito mais lembrança de alguma coisa que realmente aconteceu, do que uma situação imaginária nova. À medida que a brincadeira se desenvolve, observamos um movimento em direção á realização consciente do seu propósito. Por tudo o que já foi tratado é imprescindível que os educadores proporcionem ao máximo para as crianças experiências em que possam vivenciar a aprendizagem através do lúdico.

Referências bibliográficas

ALMEIDA, Anne. Ludicidade como instrumento pedagógico. Disponível em: http://www.cdof.com.br/recrea22.htm. Acesso no dia 19 de fevereiro de 2006.

CAMPOS, Maria Célia Rabello Malta. A importância do jogo no processo de aprendizagem. Disponível em: http://www.psicopedagogia.com.br/entrevistas/entrevista.asp?entrID=39. Acesso no dia 20 de fevereiro de 2006.

SANTOS, Antonio Carlos dos. Jogos e atividades lúdicas na alfabetização. Rio de Janeiro: Sprint, 1998.
TEZANI, Thaís Cristina Rodrigues. O jogo e os processos de aprendizagem e desenvolvimento: aspectos cognitivos e afetivos. 2004. Disponível em: http://www.psicopedagogia.com.br/artigos/artigo.asp?entrID=621. Acesso no dia 16 de fevereiro de 2006.
VELASCO, Cacilda Gonçalves. Brincar: o despertar psicomotor. Rio de Janeiro: Sprint Editora, 1996.

Postado por: Rejane de Jesus

Educação Grega

No dia 20 de abril, o Prof. Adolfo S. Suárez, em sua aula de Fundamentos Filosóficos e Históricos da Educação falou sobre a Educação Grega.
Os gregos foram um dos primeiros povos, a ter percepção mais clara do papel do sujeito na construção da cultura e por isso, ainda, constitui-se uma civilização de impacto duradouro.
Para eles a educação deveria visar uma formação integral do individuo, onde o tutor ou também denominado paidagogo, deveria trabalhar baseado no conceito de “paidéia”. A paidéia exprimia um ideal de formação constante, onde a aprendizagem não deveria visar apenas o acúmulo de conhecimento como também criar um homem-cidadão, apto para atuar efetivamente na sociedade.
Para mim esta aula foi extremamente importante, principalmente porque ajudou-me na ampliação de meu conhecimento e compreensão de meu papel como educadora, que é o de levar meus educandos a um desenvolvimento integral de todas as faculdades,assim como também levá-los a uma mudança e transformação de suas atitudes, através de cada novo conhecimento assimilado.

Postado por: Daniela Lessi

SUS: Sistema único de saúde



Isaías 53: 5-6; Mateus 27: 33-35,50

Esta charge possui um contexto para se tornar intertextual, ela foi publicado pela primeira vez na Paraíba, próximo a semana da páscoa, no ano de 2008, período em que o SUS estava sendo denunciado pela falta de atendimento médico.
A intertextualidade acontece pelo fato de dois assuntos estarem se cruzando, religião e saúde.
No Brasil, em qualquer época do ano é possível interpretar esta charge, pois vivemos em um contexto de descaso com a saúde.
Jesus foi crucificado na cruz, um castigo que não merecia, sofreu a vergonha, agonizou até a morte. O Salvador trabalhou em prol do mundo, se doou e morreu em pior estado que um homem poderia morrer.


Postado por: Rejane Brasil

Aula sobre Vygotsky

No dia 11 de maio de 2010, tivemos com o prof. Osmar Reis, de psicologia, uma aula sobre o teórico Vygotsky.
Este teórico Sócio-Histórico Russo, nasceu em 1896 e apesar de ter morrido aos 34 anos, produziu intensamente durante 10 anos muitas obras relacionadas à sua teoria. Segundo este teórico o ser humano vive em constantes transformações, em cada vivencia e experiência a pessoa modifica-se, ou seja, o ser humano influencia e é influenciado pelo ambiente.
Esta aula foi muito importante para mim, pois como futura educadora devo conscientizar-me de que o conhecimento não deve ser exposto apenas de forma teórica. Somos seres sociais e por isso necessitamos estar em contato como outras pessoas, é nestas interações que crescemos e nos desenvolvemos, não só emocionalmente como intelectualmente.


Postado por: Viviane Alcantra

O que importa está antes do ponto final

Sempre quando algo acaba, temos a mania de ficar relembrando e passando aqueles momentos como se fosse um filme, refletindo e avaliando se valeu à pena, o que aproveitou ou se simplesmente foi um tempo perdido.
Fazemos isso o tempo todo, seja lá com o que for, nos irritamos quando erramos e quando percebemos que podíamos ter feito melhor. A vida inteira é assim!
Agora quando a sua chegar ao fim, que marca você terá deixado? Se você
fosse avaliar agora o que você já deixou... Suas pegadas seriam
importantes para guiar ou seriam só apagadas pelo vento?
Pensar no fim não é triste, pois é melhor pensar agora, enquanto ainda
pode mudá-lo, do que ser tarde demais e você jazer no esquecimento!
Pense nisso!
Faça a vida valer à pena!

Postado por: Viviane Alcântara

terça-feira, 11 de maio de 2010

Ciencias: Óleo usado pode virar sabão

Objetivos
1) Ensinar noção de e reciclagem e sustentatibilidade do planeta, diminuindo a produção de lixo e reaproveitando ao máximo o produto antes de descartá-los.
2) Reciclar óleo de cozinha usado, transformando-o em sabão.

Materiais
1) 5 litros de óleo comestível usado;
2) 2 litros de água;
3) 200 ml de amaciante de roupas;
4) 1 Kg de soda cáustica em escama.

Atividades
1) Coloque a água - na temperatura ambiente - em um balde de plástico.
2) Adicione, com cuidado, a soda cáustica. Mexa para auxiliar na dissolução, com um instrumento de plástico (um cano de PVC, por exemplo).
3) Adicione o óleo levemente aquecido (50°C aproximadamente) e mexa por 40-50 minutos. Está ocorrendo uma reação química de saponificação.
4) Adicione o amaciante. Mexa novamente.
5) Mexa até formar uma mistura homogênea.
6) Jogue a mistura em uma fôrma plástica e espere secar.
7) Corte o sabão em barras.

Comentários
• A atividade deve ser realizada preferencialmente no laboratório da escola, se houver. Os materiais podem ser trazidos pelos alunos. As barras de sabão produzidas podem ser levadas para casa.
• Usar luvas de borracha ao manipular os materiais.
• Caixas de leite vazias e lavadas podem servir como fôrma.

*Duva L. S. Brunelli é químico formado pela Unicamp (SP).

domingo, 9 de maio de 2010

Matemática: Frascos, gotas e volumes

Introdução
Calcular o volume de uma gota de água pode parecer uma tarefa impossível. No entanto, essa impressão se desfaz diante de procedimentos matemáticos que podem ser desenvolvidos no Ensino Fundamental.

Objetivo
Desafiar os alunos a perceberem que o procedimento matemático de uma regra de três pode servir como recurso para calcular o volume dos líquidos e, também, o volume das gotas que compõem esses líquidos.

Estratégias
1) Apresentar para os alunos as unidades do litro (l) e do mililitro (ml), relacionando-as matematicamente. Quantos ml (mililitros) estão contidos em 8 litros? Retomar a relação matemática que o litro estabelece com o decímetro cúbico e com o metro cúbico.

2) Discutir com os alunos o conceito de volume como uma medida do espaço ocupado por um corpo. Se a sala de aula fosse uma caixa d'água, quantos litros de água caberiam nela? É interessante também calcular o volume de um paralelepípedo, relacionando-o com o formato da sala de aula.

3) Pedir para os alunos levarem para a sala de aula pequenos frascos vazios (uma sugestão é que sejam frascos de remédios com conta-gotas). Estimar o volume desses frascos. Quantos mililitros de água ou de qualquer outro líquido caberiam em cada frasco? Como conferir essa estimativa?

4) Mostrar para os alunos frascos graduados com conta-gotas, que são usados para medir a variação do volume dos líquidos que ocupam esses frascos. Perguntar para os alunos se eles conhecem outros frascos que possibilitam esse tipo de medida.

5) Formar grupos de 4 ou 5 alunos e distribuir os frascos graduados entre esses grupos. Pedir para que os grupos coloquem água nos frascos, anotando o respectivo volume ocupado pela água.

6) Retirar uma determinada quantidade de água do frasco com o conta-gotas e passar para um outro frasco graduado, contando o número de gotas. Anotar a variação do volume de água que ocorre no frasco e o respectivo número de gotas. Proponha um desafio: os grupos devem calcular o volume médio de cada gota de água.

7) Pedir para que cada grupo narre o procedimento adotado.

8) Mostrar, a partir dos procedimentos apresentados, que a regra de três é um recurso de cálculo para esse tipo de problema. Se uma gota possui um determinado volume (utilizar o cálculo da atividade anterior), quantas gotas cabem em um frasco de 150 ml? Se 10 ml corresponde a um determinado número de gotas (fazer o experimento), então, quantas gotas do mesmo líquido cabem em um frasco de 200 ml?

Atividades
Pedir para que os alunos pesquisem os diversos formatos de frascos e de vasilhames de produtos que possam ser encontrados nos supermercados. Orientar para que escolham dois produtos, desenhando o formato de cada um deles. Ao lado do desenho, escrever o nome do produto com o respectivo volume indicado na embalagem. A partir desses registros:

a) Calcular a razão entre os seus volumes.

b) Calcular a quantidade de gotas de água correspondente ao volume de cada produto escolhido.

c) Calcular o volume médio de uma gota de água. Houve variação dessa medida ao compararmos com as medidas anteriores? Por quê?

d) Comparar o valor da razão entre os volumes dos frascos (item a) com o valor da razão entre o número de gotas de água calculado para cada frasco (item b). Qual deve ser a conclusão?

*Antonio Rodrigues Neto, professor de matemática no ensino
fundamental e superior, é mestre em educação pela USP e autor do livro "Geometria e Estética: experiências com o jogo de xadrez" pela Editora da UNESP.

Matemática: Tangram, área e porcentagem

Introdução
O tangram é um quebra-cabeça que nos desafia à montagem de inúmeras figuras. Nas aulas de matemática, ele pode servir como um recurso na produção de atividades.

Objetivo
Mostrar a construção de um quadrado com as sete figuras geométricas que compõem o jogo do tangram. Aplicando o conceito de porcentagem, relacionar a área desse quadrado com a área que cada uma das figuras ocupa.

Estratégias
1) Desenhar um quadrado na lousa, fragmentando-o em sete partes que correspondam às sete figuras geométricas do jogo do tangram. Mostrar o procedimento de construção dessas figuras, inseridas e encaixadas no interior do quadrado, a partir das diagonais desse quadrado e passando pelos pontos médios dos segmentos:

2) Pedir aos alunos que reproduzam no caderno o modelo que foi apresentado na lousa. O lado do quadrado pode ter qualquer medida, desde que os alunos sigam corretamente os procedimentos de construção.

3) Confirmar as sete figuras geométricas que formam o quadrado: no caso, cinco triângulos retângulos, um paralelogramo e um quadrado. Os alunos devem pintar cada uma dessas figuras com uma cor diferente.

4) Retomar os procedimentos de cálculo da área de cada uma dessas figuras. O que é necessário medir em cada uma para o cálculo da respectiva área?

5) Calcular a área de cada uma das figuras e elaborar uma legenda, utilizando-se as cores anteriormente escolhidas.

6) Calcular a fração da área que cada figura ocupa em relação à área total do quadrado formado no quebra-cabeça.

7) A partir de cada fração calculada, calcular a porcentagem correspondente.

8) Escolher os alunos que escreverão na lousa as medidas de cada figura e os cálculos que foram feitos para conseguir a respectiva porcentagem. O que podemos observar?

Atividades
1) Pesquisar o jogo do tangram e escolher uma figura do quebra-cabeça. Desenhá-la na capa do caderno com as medidas utilizadas na atividade anterior. Medir o comprimento e a largura dessa capa e calcular o percentual da área que cada figura ocupa (em relação à área da capa). A porcentagem obtida é igual à anterior? Por quê?

2) Construir um tangram de papel-cartão com as medidas da primeira atividade. Colocar o paralelogramo sobre um dos dois triângulos retângulos que compõem a metade do quadrado e calcular a porcentagem da área ocupada pelo paralelogramo em relação à área do triângulo. Refazer essa atividade colocando o quadrado no lugar do paralelogramo.

3) Em um terreno retangular, com 16 metros de comprimento e 20 metros de largura, são construídos dois jardins com formato de um quadrado. Um deles com lado igual a 4 metros e o outro com 6 metros. Qual é a porcentagem que cada um desses jardins ocupa em relação à área do terreno?

*Antonio Rodrigues Neto, professor de matemática no ensino
fundamental e superior, é mestre em educação pela USP e autor do livro "Geometria e Estética: experiências com o jogo de xadrez" pela Editora da UNESP.

Matemática:Fração, probabilidade e porcentagem

Introdução
A probabilidade é uma fração do número de casos favoráveis em relação ao número de casos possíveis. Por ser fração, pode também ser escrita na forma de porcentagem. O nosso desafio é o de relacionar atividades que estimulem o desenvolvimento desses conceitos.

Objetivo
Mostrar a relação entre os conceitos de fração e de porcentagem com o conceito de probabilidade.

Estratégias
1) Perguntar aos alunos se eles já ouviram falar em probabilidade.
2) Citar alguns fatos em que esse conceito aparece de forma intuitiva. Por exemplo, há uma maior probabilidade que o número de acidentes de trânsito aumente no horário de pico.
3) Retomar o conceito de fração, desenhando uma barra e riscando 3/4 dessa barra. Desenhar um círculo e pintar 2/8 desse círculo. Transformar essas frações em porcentagem.
4) Comentar o conceito de fração em algumas expressões que são usadas no nosso cotidiano. Por exemplo: "Tudo pode mudar numa fração de segundo". Mostrar o conceito de fração como uma relação entre a parte e o todo.
5) Desenhe um círculo, dividindo-o em oito partes iguais e numerando essas partes de 1 a 8. Imagine que seja uma roleta, para promover um jogo de apostas, girando somente uma vez em cada rodada. Desafiar os alunos: quais são as chances para cada tentativa?
6) Definir probabilidade como a fração do número de casos favoráveis em relação ao número de casos possíveis.
7) Pela definição do item 6, perguntar aos alunos qual é a probabilidade de dar cara em um lançamento de uma moeda? E dar face seis no lançamento de um dado?
8) Jogar duas moedas ao mesmo tempo e perguntar quais são os resultados possíveis. Mostrar as combinações possíveis no resultado desse lançamento.
9) A partir da experiência anterior, perguntar para a sala quantas caras e coroas se formaram nos lançamentos das duas moedas. Com quais combinações? Então, qual é a probabilidade de dar cara e coroa? Mostrar como calcular essa resposta em porcentagem.
10) Formar grupos e propor o cálculo da probabilidade no lançamento de três moedas. Qual é a probabilidade de se obter 3 caras em um único lançamento?

Atividades
1) No lançamento de uma moeda e de um dado, qual é a probabilidade de se obter uma face 3 e uma cara? Escrever a resposta em porcentagem.
2) No lançamento de três moedas, qual é a probabilidade de se obter três coroas? Escrever a resposta na forma fracionária e em porcentagem.
3) Qual é a probabilidade de se obter a soma 7 em um único lançamento de dois dados?
4) Qual é a probabilidade de se obter uma única coroa em um único lançamento de 4 moedas?

*Antonio Rodrigues Neto, professor de matemática no ensino fundamental e superior, é mestre em educação pela USP e autor do livro "Geometria e Estética: experiências com o jogo de xadrez" (Editora da UNESP).

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Português: Sorteando advérbios

Objetivo
Estudar os advérbios e sua classificação.

Comentário
O advérbio é a palavra invariável que exprime circunstâncias e modifica o verbo, o adjetivo ou o próprio advérbio.
Na oração, desempenha a função de adjunto adverbial.

Classificam-se em vários tipos:

• Lugar: aqui, ali, lá, acolá, cá, aquém, perto, longe, fora, dentro, onde, acima, adiante, junto, em algum lugar.
• Tempo: agora, já, logo, cedo, tarde, antes, depois, sempre, nunca, jamais, hoje, ontem, amanhã, outrora, breve.
• Modo: bem, mal, melhor, pior, depressa, devagar, assim, certo. (Nesse caso é bom deixar claro que, em geral, consideram-se também os adjetivos femininos acrescidos do sufixo -mente).
• Negação: não, nunca, jamais, tampouco.
• Afirmação: sim, realmente, pois, não, pois sim, certamente, efetivamente, positivamente.
• Dúvida: talvez, provavelmente, por acaso, porventura, quiçá.
• Intensidade: bastante, muito, pouco, menos, mais, tão, tanto, quão, quanto.

Estratégias
O professor deverá preparar de antemão algumas orações, com ou sem advérbios, escritas num pedaço de papel e colocadas em um recipiente que pode ser um saquinho ou uma caixa pequena.

Atividade
Inicie separando os alunos em seis grupos, identificando-os por números de um a seis.

O grupo 1 deverá sortear uma frase e ler para o grupo 2. Este deverá identificar e classificar o advérbio que eventualmente esteja contido nela.
Em seguida, o grupo 2 sorteia outra frase e lê para o 3 e assim sucessivamente. Depois invertem-se os papéis. O exercício acaba quando todos os grupos tiverem apresentado respostas corretas.

* Ana Rosa Silva é professora de português do ensino fundamental e médio da rede estadual de ensino de São Paulo.

Português: Texto com Recortes

Objetivo
Produzir textos coletivos a partir de recortes de revistas ou jornais.

Estratégias
1) Criar um texto a partir das palavras dos recortes, para verificar sua estrutura, coesão e coerência.
2) Dividir os alunos em duplas.

Atividades
1) Distribuir os recortes de revista para cada uma das duplas.
2) Estabelecer um tema a partir da coletânea de recortes.
3) Pedir para cada dupla construir frases com as palavras dos recortes e escrevê-la no caderno, formando uma redação.
4) Ler o texto de cada dupla em voz alta em conjunto com a classe.
5) Corrigir os problemas ortográficos que encontrar e sugerir alterações.

Português: Texto Embaralhado

Objetivos
• Estruturar textos de forma coerente e coesa.
• Refletir sobre os elementos responsáveis pela coesão dos parágrafos e construção do sentido do texto.

Ponto de partida

Texto completo : Garoto linha dura

Deu-se que o Pedrinho estava jogando bola no jardim e, ao emendar a bola
de bico por cima do travessão, a dita foi de contra a uma vidraça
e despedaçou tudo. Pedrinho botou a bola debaixo do braço
e sumiu até a hora do jantar, com medo de ser espinafrado pelo
pai.

Quando o pai chegou, perguntou à mulher quem quebrara o vidro e
a mulher disse que foi o Pedrinho, mas que o menino estava com medo de
ser castigado, razão pela qual ela temia que a criança não
confessasse o seu crime.

O pai chamou o Pedrinho e perguntou: - Quem quebrou o vidro, meu filho?

Pedrinho balançou a cabeça e respondeu que não tinha
a mínima idéia. O pai achou que o menino estava ainda sob
o impacto do nervosismo e resolveu deixar para depois.

Na hora em que o jantar ia para a mesa, o pai tentou de novo: - Pedrinho,
quem foi que quebrou a vidraça, meu filho? - e, ante a negativa
reiterada do filho, apelou: - Meu filhinho, pode dizer quem foi que eu
prometo não castigar você.

Diante disso, Pedrinho, com a maior cara-de-pau, pigarreou e lascou:

- Quem quebrou foi o garoto do vizinho.

- Você tem certeza?

- Juro.

Aí o pai se queimou e disse que, acabado o jantar, os dois iriam
ao vizinho esclarecer tudo. Pedrinho concordou que era a melhor solução
e jantou sem dar a menor mostra de remorso. Apenas - quando o pai fez
ameaça - Pedrinho pensou um pouquinho e depois concordou.

Terminado o jantar o pai pegou o filho pela mão e, já chateadíssimo,
rumou para a casa do vizinho. Foi aí que Pedrinho provou que tinha
idéias revolucionárias. Virou-se para o pai e aconselhou:

- Papai, esse menino do vizinho é um subversivo desgraçado.
Não pergunte nada a ele não. Quando ele vier atender à
porta, o senhor vai logo tacando a mão nele.

(Stanislaw
Ponte Preta, Dois amigos e um chato. São Paulo, Moderna,
1995.)


Texto embaralhado

É necessário xerocar o texto em uma folha mais resistente do que a sulfite, depois é preciso recortar e montar um jogo para cada dupla ou trio da turma. Coloque os pedacinhos de texto em um envelope.

Garoto linha dura

Na hora em que o jantar
ia para a mesa, o pai tentou de novo: - Pedrinho, quem foi que quebrou a
vidraça, meu filho? - e, ante a negativa reiterada do filho, apelou:
- Meu filhinho, pode dizer quem foi que eu prometo não castigar você.

Quando o pai chegou,
perguntou à mulher quem quebrara o vidro e a mulher disse que foi o Pedrinho,
mas que o menino estava com medo de ser castigado, razão pela qual ela temia
que a criança não confessasse o seu crime.


O pai chamou o Pedrinho e perguntou: - Quem quebrou o vidro, meu filho?

Papai, esse menino
do vizinho é um subversivo desgraçado. Não pergunte nada a ele não. Quando
ele vier atender à porta, o senhor vai logo tacando a mão nele.


Terminado o jantar
o pai pegou o filho pela mão e, já chateadíssimo, rumou para a casa do vizinho.
Foi aí que Pedrinho provou que tinha idéias revolucionárias. Virou-se para
o pai e aconselhou:

- Diante disso, Pedrinho,
com a maior cara-de-pau, pigarreou e lascou:

- Quem quebrou foi o garoto do vizinho.

- Juro.

- Pedrinho balançou
a cabeça e respondeu que não tinha a mínima idéia. O pai achou que o menino
estava ainda sob o impacto do nervosismo e resolveu deixar para depois.

Aí o pai se queimou
e disse que, acabado o jantar, os dois iriam ao vizinho esclarecer tudo.
Pedrinho concordou que era a melhor solução e jantou sem dar a menor mostra
de remorso. Apenas - quando o pai fez ameaça - Pedrinho pensou um pouquinho
e depois concordou.

Deu-se que o Pedrinho
estava jogando bola no jardim e, ao emendar a bola de bico por cima do travessão,
a dita foi de contra a uma vidraça e despedaçou tudo. Pedrinho botou a bola
debaixo do braço e sumiu até a hora do jantar, com medo de ser espinafrado
pelo pai.

- Você tem certeza?


Estratégias
1) Organizar os alunos em duplas ou trios e entregar um envelope com texto embaralhado para cada grupo. Em seguida, oriente os alunos sobre a importância de observar atentamente cada parágrafo antes de montar o texto. Durante a realização da tarefa, observe as hipóteses levantadas pelos alunos para no momento da correção retomar dúvidas quanto à coesão e sentido do texto.

2) Realizar a correção oralmente e anotar na lousa as hipóteses e dúvidas da turma. Em seguida, entregue um texto completo para cada grupo e deixe que façam as correções e compreendam as escolhas do autor.

3) Retomar estudo sobre coesão e uso dos sinais de pontuação para construção dos sentidos do texto a partir do desempenho da turma.

Comentários
Após a montagem do texto, seria interessante propor algumas questões de interpretação e sugerir que os alunos continuassem o texto mostrando o que aconteceu quando o vizinho abriu a porta.

*Patrícia Cordeiro Sbrogio é formada em Letras pela Universidade de São Paulo e é professora de Língua Portuguesa na rede particular de ensino do Estado de São Paulo

Português: Ditado Lacunado

Objetivos
• Refletir sobre as relações entre som e letra na língua portuguesa.
• Refletir sobre regularidades e irregularidades ortográficas.
• Grafar e acentuar corretamente as palavras.

Ponto de partida
Escolher o texto que será objeto da reflexão sobre grafia e acentuação das palavras. Nesse plano, utilizaremos o texto O ballet da ortografia, de Leon Eliachar, mas há muitas possibilidades.


Texto completo para reflexão inicial

O ballet da ortografia

Às vezes quero dizer que saí e mandam botar acento no "i",
porque se tirar o acento, quem sai não sou eu, é o outro
- e é aí que está a diferença. Falam-me de
ditongos, em hiatos, em dissílabos e proparoxítonas - palavras
que me trazem amargas recordações de uma infância
cheia de zeros. Quando vou a uma festa, nunca sei se devo dançar
com "ç" ou com "s". Só depois dos primeiros
passos é que percebo que quem dansa com "s" não
sabe dançar. E quem sabe dançar fica cansado, com "s",
pois só analfabeto se cança com "ç". Buzina
é com "z", mas quem pode me garantir que se eu businar
com "s" ninguém vai ouvir? Caçar é com
"ç", mas também tem cassar com "ss"
- mas isso se explica: caça-se um bicho e cassa-se um documento.
Só não se pode cassar o documento de um sujeito que esteja
caçando sem documento. Que a língua portuguesa tem seus
truques, lá isso tem: o próprio truque, com "que"
é uma adaptação do "truc" francês,
provando que o truque brasileiro tem um certo "q". Mas isso
não impede que o balé brasileiro seja dançado em
francês, pois a palavra "ballet" impressionava mais, tanto
que a usei no título. Mas vamos deixar isso pra lá que é
falando que a gente se entende e não escrevendo.
(ELIACHAR, Leon. O Homem ao Cubo).


Sugestão de texto lacunado para aplicação do ditado

O ballet da ortografia

Às vezes quero dizer que saí e mandam botar ______________
no "i", porque se tirar o ____________, quem sai não
sou eu, é o outro - e é aí que está a diferença.
Falam-me de ditongos, em hiatos, em _________________ e proparoxítonas
- palavras que me trazem amargas recordações de uma ______________
cheia de zeros. Quando vou a uma festa, nunca sei se devo _____________
com "ç" ou com "s". Só depois dos primeiros
passos é que percebo que quem dansa com "s" não
sabe __________. E quem sabe ___________ fica cansado, com "s",
pois só analfabeto se cança com "ç". ____________
é com "____", mas quem pode me garantir que se eu ____________
com "__" ninguém vai ouvir? Caçar é com
"ç", mas também tem cassar com "ss"
- mas isso se explica: _________-se um bicho e ___________-se um documento.
Só não se pode __________ o documento de um sujeito que
esteja ___________ sem documento. Que a língua portuguesa tem seus
truques, lá isso tem: o próprio truque, com "que"
é uma adaptação do "truc" ___________,
provando que o truque brasileiro tem um certo "q". Mas isso
não impede que o balé brasileiro seja dançado em
____________, pois a palavra "ballet" _____________ mais, tanto
que a usei no título. Mas vamos deixar isso pra lá que é
falando que a gente se entende e não escrevendo.

Estratégias
1. Antes de realizar o ditado, é necessário ler o texto uma vez e discutir com os alunos a questão da grafia das palavras, mostrando, a partir dos apontamentos da turma, que há na língua algumas regularidades, que devem ser observadas na escrita, e irregularidades, nesse caso o jeito é memorizar a grafia ou recorrer ao dicionário.

2. Depois da leitura e conversa inicial, a atividade do ditado pode ser aplicada. Cada aluno recebe uma folha com o texto lacunado. Em seguida, a professora realiza a leitura do texto e os alunos completam os espaços.

3. A correção pode ser feita na lousa ou com o uso de transparência. O importante é deixar os alunos apresentarem suas hipóteses e refletir sobre a grafia e como solucionar as dúvidas em cada caso. Pode-se montar um mural com as conclusões da turma.

Comentários
É possível realizar ditado lacunado para cada tipo de regularidade ortográfica. É bom ter um arquivo com textos mais adequados para cada assunto e na hora do estudo diversificar as atividades. O ditado lacunado com letras de música também é muito interessante.

*Patrícia Cordeiro Sbrogio é formada em Letras pela Universidade de São Paulo e é professora de Língua Portuguesa na rede particular de ensino do Estado de São Paulo

Português: Receitas e o modo imperativo

Objetivos
• Reconhecer a estrutura e as características do gênero receita (texto instrucional).
• Compreender a função e empregar corretamente os verbos no modo imperativo.

Ponto de partida
Sugestões de texto para leitura e análise do gênero. Você pode escolher outras receitas em http://cybercook.uol.com.br

Textos
Brigadeiro de microondas

Tipo de culinária: culinária popular
Categoria: doces
Rendimento: 30 porções


Ingredientes
• 1 lata de leite condensado ;
• 2 colheres (sopa) de chocolate em pó ;
• 1 colher (sobremesa) de margarina ;
• Quanto baste de chocolate granulado ;


Modo de preparo

Coloque todos os ingredientes, menos o chocolate granulado, num refratário fundo e mexa bem. Leve ao microondas por 3 minutos na potência alta. Retire, mexa bem e depois coloque mais 4 minutos no microondas em potência alta. Retire, mexa novamente até ficar homogêneo, transfira a massa obtida para um prato raso. Espere esfriar e enrole os docinhos.


Quadro para revisão da formação do modo imperativo:

• Presente do indicativo

Eu canto
Tu cantas
Ela canta
Nós cantamos
Vós cantais
Eles cantam

Imperativo afirmativo
_
Canta tu
Cante você
Cantemos nós
Cantai vós
Cantem vocês

Presente do subjuntivo

Que eu cante
Que tu cantes
Que ele cante
Que nós cantemos
Que vós canteis
Que eles cantem

Imperativo negativo
_
Não cantes tu
Não cante você
Não cantemos nós
Não canteis vós
Não cantem vocês.

Texto para os alunos completarem com os verbos no modo imperativo:

Bolo de chocolate crocante
Rendimento: 20 porções


Ingredientes da massa
• 6 ovos
• 2 xícaras (chá) de açúcar
• 1 colheres (sopa) de óleo de soja
• 3 xícaras (chá) de farinha de trigo
• 4 colheres (sopa) de chocolate em pó
• 1 colher (sopa) de amido de milho
• 1 xícaras (chá) de água quente
• 2 colheres (sobremesa) de fermento em pó
• 1 colher (café) de sal


Ingredientes do creme
• 4 xícaras (chá) de leite
• 1 lata de leite condensado
• 3 unidade(s) de gema de ovo
• 5 colheres (sobremesa) de chocolate em pó
• 4 colheres (sopa) de amido de milho
• 1 colher (sopa) de manteiga
• 1 colher (sobremesa) de essência de baunilha
• 1 lata de creme de leite gelado(s)


Ingredientes do recheio
• 2 xícaras (chá) de açúcar
• 2 colheres (sopa) de manteiga
• 2 xícaras (chá) de nozes triturada(s)
• 2 colheres (sopa) de leite em pó

Ingredientes da calda
• 1/2 xícara (chá) de açúcar
• 1 xícara (chá) de água
• 1 unidade de canela em pau
• 3 unidades de cravo-da-índia
• 3 colheres(sopa) de rum


Modo de preparo

Massa

_____________ (bater) os ovos inteiros com
o açúcar por 10 minutos. ___________ (diminuir) a velocidade
da batedeira e _____________ (juntar) a água
misturada ao óleo. ______________ (desligar)
e _____________ (misturar) delicadamente a
farinha peneirada juntamente com o chocolate em pó, o amido de milho,
o sal e o fermento em pó. ________________ (colocar)
a massa em assadeira untada e polvilhada com farinha de trigo. _____________
(levar) ao forno médio (180ºC),
pré-aquecido, para assar.


Creme

_______________ (bater) no liquidificador o
leite, o leite condensado, as gemas, o chocolate em pó e o amido
de milho. ____________ (levar) ao fogo juntamente
com a manteiga. ______________ (mexer) até
engrossar. _______________ (retirar) do fogo.
______________ (juntar) a baunilha e o creme
de leite. ____________ (colocar) um pedaço
de filme plástico sobre a superfície do creme para não
criar película enquanto esfria.


Recheio

_______________ (levar) ao fogo o açúcar
com a manteiga. ____________ (deixar) caramelizar.
___________ (juntar) a castanha de caju ou
as nozes, e _______________ (despejar) sobre
mármore untado. ____________ (deixar)
esfriar e ____________ (quebrar) em pedaços.
________________ (colocar) em um saco plástico
com o leite em pó e ______________ (bater)
com um martelo de carne para triturar. ______________ (reservar).


Calda

Numa panela, _______________ (misturar) todos
os ingrediente, exceto o rum, e __________ (levar)
para ferver em fogo baixo, por 4 minutos. _____________ (retirar)
do fogo e ______________ (juntar) o rum. _____________
(reservar).


Montagem do bolo

___________ (cortar) a massa do bolo ao meio,
e __________ (regar) com a calda. ___________
(espalhar) uma camada farta de creme e metade
do crocante. ____________ (colocar) a outra
massa do bolo com a parte do corte virada para cima. ____________ (regar)
com a calda, ______________ (espalhar) o creme
por todo o bolo e _____________ (salpicar)
o restante do crocante por cima. __________ (levar)
à geladeira. __________ (servir) bem
gelado. Dica: de preferência, ____________ (preparar)
esse bolo de véspera, pois fica mais gostoso.


Estratégias
1. Apresentar para os alunos diferentes textos instrucionais. Após a socialização e leitura dos textos, é importante a construção de um quadro com as características dos textos instrucionais, principalmente, das receitas.

2. Retomar a função e formação do modo imperativo.

3. Entregar uma folha para cada aluno com a receita sem os verbos conjugados e pedir para que completem os espaços considerando a função da receita e a formação do modo imperativo (a atividade pode ser realizada em pequenos grupos, pois a discussão será importante).

4. A correção pode ser feita na lousa com alunos voluntários. Durante a correção, poderá ser feito um diagnóstico dos avanços da turma em relação à flexão verbal e, se necessário, aplicar novas atividades com textos diferentes.

Comentários
Seria interessante que os alunos pesquisassem em casa e apresentassem para a turma diferentes receitas, nesse caso, o estudo pode ser mais significativo, pois os textos poderão trazer histórias de família.

Preparar uma receita escolhida pela turma ou fazer um lanche com os pratos trazidos pelos alunos também é uma boa opção para ampliar o estudo e mostrar a relevância dos textos no nosso cotidiano.

Pode-se aproveitar o estudo sobre receita para retomar o estudo sobre numerais e mostrar como os diferentes tipos de numerais aparecem nesse gênero.

Usar regras do jogo e manuais para refletir sobre o uso do imperativo também é interessante.

*Patrícia Cordeiro Sbrogio é formada em Letras pela Universidade de São Paulo e é professora de Língua Portuguesa na rede particular de ensino do Estado de São Paulo

Português: Análise de contos

Objetivos
1) Analisar e identificar o gênero Conto;
2) Interpretar e verificar os vários recursos utilizados por autores brasileiros ou estrangeiros;
3) Identificar aspectos e características do gênero;
4) Caracterizar a forma condensada do conto, isto é, que apresenta poucas personagens, poucas ações e tempo e espaço reduzidos.

Ponto de partida
Leitura de contos, exemplo, Natal na barca, de Lygia Fagundes Telles. Escolher outros contos de autores conhecidos, diversificando temas para serem abordados.

Estratégias
1) Dividir a classe em grupos e selecionar com os alunos contos de diversas épocas e autores (brasileiros ou estrangeiros);
2) Cada grupo deve analisar a estrutura de um conto escolhido e determinar as temáticas existentes em cada um;
3) Serão propostos os seguintes tópicos para análise:
Elementos estruturais da narrativa
• Conflito e clímax;
• Espaço: físico ou geográfico; social (ambiente);
• Tempo: cronológico, psicológico e a técnica do flash-back;
• Caracterização das personagens: verificar a complexidade psicológica de cada personagem;
• Narrador: observador ou personagem. Análise de perfil.
Sugestões de atividades
Os alunos podem produzir textos a partir de temáticas abordas: encontros e desencontros; fantasias, descobertas, imaginação, moral, mistério, etc. Essa atividade ganha maior interesse se for desenvolvida nos últimos anos do Ensino Fundamental e também Ensino Médio.

Sugestões de leitura
"Para Gostar de Ler: Contos", vários autores (volumes 8, 9 e 11- Contos Universais), Editora Ática.

*Fátima Rodrigues é professora de língua portuguesa do Colégio Rio Branco (SP).

Português: Linguagem jornalística: editorial

Ponto de partida
O editorial é o texto jornalístico que expressa a opinião do meio de comunicação diante de um ou mais fatos contidos numa edição.
Para a atividade, selecione jornais e revistas e peça aos alunos que descubram em que lugar fica o editorial.

Objetivos
1) Identificar e analisar o editorial, seus aspectos e características;
2) Motivar os alunos para a leitura crítica da opinião contida nos editoriais;
3) Desenvolver técnicas de argumentação escrita;
4) Intensificar a precisão semântica;
5) Conhecer e exercitar a coerência e a coesão textuais.

Estratégias
1) Selecione com os alunos vários textos jornalísticos para identificar o editorial;
2) Tente conseguir editoriais históricos (como no tempo da ditadura militar) em que a opinião seria colocada, mas não explicitada;
3) Promova a discussão e estimule a turma a argumentar sobre o assunto;
4) Reúna os alunos em pequenos grupos e peça para criarem seus próprios editoriais;
5) Mostre a impessoalidade do editorial - que traz comentários quase sempre em função de um veículo de comunicação - e faça uma comparação com o texto dissertativo. Você pode mostrar a diferença entre textos dissertativos e argumentativos.

*Fátima Rodrigues é professora de língua portuguesa.

Português: 'Capitães da Areia', de Jorge Amado

Objetivos
1) Ler e analisar "Capitães da Areia" de Jorge Amado;
2) Relacionar fatos atuais (como crianças de rua, violência urbana, etc.) com as situações retratadas na obra literária;
3) Analisar e interpretar os seguintes aspectos da obra:
• caracterização física e psicológica das personagens;
• determinação de tempo e espaço narrativos;
• identificação das características da linguagem jornalística empregada na primeira parte da obra.

Estratégias
1) Realizar pesquisa histórica destacando as décadas de 1930 e 1940 no Brasil;
2) Propor a realização de debate com a participação de toda a classe, relacionando fatos históricos com aspectos da obra;>br>
3) Criar um painel relacionando fatos jornalísticos encontrados na obra com notícias atuais;
4) Realizar um seminário em que a classe, divida em grupos de dois a quatro alunos, apresente o perfil das seguintes personagens: Dora, Gato, Dalva, Pirulito, Professor, Volta-Seca, Pedro Bala, Sem-Pernas, Don'Aninha, João de Adão, João Grande, Querido de Deus e Padre João Pedro.

Comentários e sugestões
Esta atividade ganha maior interesse se for desenvolvida com em conjunto com o professor de História. Para a realização da pesquisa histórica, o professor pode dividir o conteúdo em tópicos, encarregando cada tema a um grupo de alunos. Algumas sugestões de pesquisas:
• Estado Novo (1937-1945);
• A política getulista;
• As epidemias (no período histórico e retratadas na obra);
• Escritores socialistas da época.

Resumo da obra
A história de passa nas ruas e nas areias de Salvador, na Bahia, com um grupo de meninos abandonados. O líder desses garotos, Pedro Bala, conhece como ninguém os meandros da cidade, suas armadilhas e atalhos. O bando é agressivo com os adultos (com a sociedade), e passa os dias mendigando, fumando bitucas de cigarro ou chamando a atenção dos transeuntes com palavrões. Os garotos praticam pequenos furtos para poder sobreviver e acabam tornando-se um problema policial notório. No entanto, nem todos os adultos estão contra o bando. Alguns são aliados dos garotos, como o padre João Pedro e Don'Aninha, que é mãe-de-santo, o pescador Querido-de-Deus e o estivador João-de-Adão. A história das agruras, da luta pela sobrevivência, da amizade e dos desafios enfrentados por esses meninos torna "Capitães de Areia" uma viagem a um universo impactante, em que os sentimentos são ao mesmo tempo cruéis e delicados.

*Fátima Rodrigues é professora de língua portuguesa.

Português: Analisando a crônica como gênero literário

Objetivos
1) Analisar e identificar o gênero crônica;
2) Interpretar e verificar os vários recursos utilizados por autores brasileiros;
3) Identificar aspectos e características do gênero;
4) Caracterizar o narrador da crônica.

Ponto de partida
Numa de suas crônicas, Ivan Ângelo comenta como seus leitores se referem a seus escritos: "reportagens", "contos", "comentários", "críticas", "coluna". Estariam errados?
O escritor Fernando Sabino chega a concluir que "crônica é tudo que o autor chama de crônica". O crítico Antônio Cândido, por sua vez, afirma que "a crônica está sempre ajudando a estabelecer ou restabelecer a dimensão das coisas e das pessoas". Algumas características, no entanto, permitem identificar a crônica como gênero literário.

Estratégias
1) Dividir a classe em grupos e selecionar com os alunos um conjunto de crônicas em jornais e revistas;
2) Cada grupo deve escolher uma crônica para discussão e análise. Serão propostos os seguintes tópicos para discussão:
• A crônica narra de forma artística e pessoal fatos do cotidiano, geralmente colhidos no noticiário jornalístico. Que fatos estão enfatizados nesta crônica?
• A crônica geralmente é um texto curto e leve, escrito com objetivo de divertir o leitor e /ou levá-lo a refletir criticamente sobre a vida e o comportamento humano. Como estes dois objetivos estão presentes na crônica escolhida?
• O narrador presente na crônica pode ser do tipo observador ou personagem. Como é o narrador da crônica analisada?
• A crônica emprega geralmente a variedade padrão informal em linguagem curta e direta, próxima do leitor. Analise a linguagem empregada na crônica.

Sugestão de atividades
Os alunos podem partir de situações do cotidiano para a produção de textos. Reunidos em pequenos grupos, podem identificar episódios do cotidiano escolar e comentá-los em forma de pequenas crônicas. Essa atividade ganha maior interesse se for desenvolvida nos últimos anos do Ensino Fundamental.

Sugestões de leitura
• "Comédia para se Ler na Escola", Luiz Fernando Veríssimo, Editora Objetiva.
• "Para Gostar de Ler: Crônicas", Vários autores (volumes 5 e 7), Editora Ática.
• "Sobre a Crônica", Ivan Ângelo, Revista Veja São Paulo, 25 de abril de 2007.

*Fátima Rodrigues é professora de língua portuguesa.