terça-feira, 18 de maio de 2010

A importância do lúdico na aprendizagem

O lúdico é assunto que tem conquistado espaço, cada vez mais nas discussões acadêmicas, no panorama nacional, principalmente na educação infantil, por ser o brinquedo a essência da infância seu bem mais comum e seu uso permite um trabalho pedagógico que possibilita a produção do conhecimento, da aprendizagem e do desenvolvimento. O lúdico tem sua origem na palavra latina "ludus" que quer dizer jogar, brincar, movimento espontâneo.
O “lúdico” pode ser um instrumento indispensável na aprendizagem, no desenvolvimento e na vida das crianças e é necessário que todos que trabalham com o desenvolvimento da criança, tenham conhecimento e passem a explorar com criatividade e naturalidade, fazendo uso dessa ferramenta fantástica, tornando assim a aprendizagem uma atividade prazerosa, cheio de sonhos e descoberta ao invés de algo pesado e enfadonho.
Segundo Piaget (1967), o jogo não pode ser visto apenas como divertimento ou brincadeira para desgastar energia, pois ele favorece o desenvolvimento físico, cognitivo, afetivo e moral. Através dele se processa a construção de conhecimento, principalmente nos períodos sensório-motor e pré-operatório. Agindo sobre os objetos, as crianças, desde pequenas, estruturam seu espaço e seu tempo, desenvolvendo a noção de casualidade, chegando à representação e, finalmente, à lógica. As crianças ficam mais motivadas para usar a inteligência, pois querem jogar bem, esforçam-se para superar obstáculos tanto cognitivos como emocionais.
O brincar torna-se grande potencialidade de desenvolvimento. Brincando, a criança pode experimentar, mergulha no descobrir, começa a inventar,e finalmente aprende e confere habilidades. Estimulando assim a curiosidade, fortalecendo a autoconfiança e a autonomia, ampliando o desenvolvimento da linguagem, estruturando o pensamento ,a concentração e a atenção.
Vygotsky (1994), afirma que o prazer não pode ser considerado a característica definidora do brinquedo, como muitos pensam. O brinquedo na verdade, preenche necessidades, entendendo-se estas necessidades como motivos que impelem a criança à ação. São exatamente estas necessidades que fazem a criança avançar em seu desenvolvimento. A brincadeira possui três características: a imaginação, a imitação e a regra. Elas estão presentes em todos os tipos de brincadeiras infantis, tanto nas tradicionais, naquelas de faz-de-conta, como ainda nas que exigem regras.
Sendo assim quando a criança está brincando ela libera e canaliza suas energias; enfrenta melhor uma realidade difícil; libera a fantasia; e é uma grande fonte de prazer. A brincadeira é, por excelência, integrador, há sempre novidade, o que é fundamental para despertar o interesse da criança, e à medida em que brinca ela vai conhecendo melhor, construindo interiormente o seu mundo. Esta atividade é um dos meios propícios à construção do conhecimento. A convivência de forma lúdica e prazerosa com a aprendizagem proporcionará a criança estabelecer relações cognitivas às experiências vivenciadas. (VYGOSTSKY, 1994,p.118).
A criança começa com uma situação imaginária, que é uma reprodução da situação real, sendo a brincadeira muito mais lembrança de alguma coisa que realmente aconteceu, do que uma situação imaginária nova. À medida que a brincadeira se desenvolve, observamos um movimento em direção á realização consciente do seu propósito. Por tudo o que já foi tratado é imprescindível que os educadores proporcionem ao máximo para as crianças experiências em que possam vivenciar a aprendizagem através do lúdico.

Referências bibliográficas

ALMEIDA, Anne. Ludicidade como instrumento pedagógico. Disponível em: http://www.cdof.com.br/recrea22.htm. Acesso no dia 19 de fevereiro de 2006.

CAMPOS, Maria Célia Rabello Malta. A importância do jogo no processo de aprendizagem. Disponível em: http://www.psicopedagogia.com.br/entrevistas/entrevista.asp?entrID=39. Acesso no dia 20 de fevereiro de 2006.

SANTOS, Antonio Carlos dos. Jogos e atividades lúdicas na alfabetização. Rio de Janeiro: Sprint, 1998.
TEZANI, Thaís Cristina Rodrigues. O jogo e os processos de aprendizagem e desenvolvimento: aspectos cognitivos e afetivos. 2004. Disponível em: http://www.psicopedagogia.com.br/artigos/artigo.asp?entrID=621. Acesso no dia 16 de fevereiro de 2006.
VELASCO, Cacilda Gonçalves. Brincar: o despertar psicomotor. Rio de Janeiro: Sprint Editora, 1996.

Postado por: Rejane de Jesus

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